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Vereadores repudiam demora no atendimento do IMOL e pedem retomada do órgão em Sidrolândia

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Vereadores Elaine Souza, Gabriel Auto Car e Shirlei Pigosso. (Foto: Reprodução)

Durante a sessão ordinária de quinta-feira (06), os vereadores Elaine Souza (PP), Shirlei Pigosso (PL) e Gabriel Auto Car (PSD) criticaram a demora no atendimento do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande e pediram a retomada do órgão para Sidrolândia.

A vereadora Elaine Souza fez a indicação de n° 54/2025, que foi aprovada por unanimidade, solicitando a retomada do serviço do IML em Sidrolândia. “Quando a pessoa acaba falecendo ela é levada para Campo Grande. E aí eu penso assim: você já tá doido porque perdeu o seu familiar e às vezes você tem que esperar o IMOL fazer a liberação daquele corpo depois de 12 ou 24 horas, isso causa uma angústia na família. Sidrolândia merece, precisamos amenizar a dor da perca e fazer com que o IML funcione no município”, disse a vereadora.

O vereador Gabriel Auto Car também se posicionou e citou o exemplo de Bruno Lopes, mecânico que morreu trabalhando no começo da semana, dizendo que a família denunciou o procedimento e que foram encontradas larvas no corpo.

“Isso é uma vergonha para quem é responsável por esse IMOL, vamos cuidar do povo de Sidrolândia, cuidar do povo do estado. Sidrolândia já era para ter um IML e Polícia Científica. Então tá aqui o repúdio do vereador a respeito desse IMOL de Campo Grande. Um descaso o corpo desse mecânico ter larva, não é possível. Um povo trabalhador não é bem cuidado, se fosse um rico era bem cuidado”, disparou Gabriel.

A vereadora Shirlei Pigosso também demonstrou apoio a causa. “Quero compactuar com o vereador Gabriel o meu repúdio ao IMOL de Campo Grande com relação ao Bruno e também quero deixar aqui a minha solidariedade à família. É muito triste o que aconteceu, é uma situação desumana você mandar um corpo de um familiar para Campo Grande durante a tarde de um dia e retornar no outro dia com larvas. Nós como vereadores teremos que tomar a frente disso, colocar um projeto para que isso não se repita”, finalizou a vereadora.

O caso de Bruno Lopes

Nas redes sociais, a irmã de Bruno Lopes de Freitas, trabalhador que morreu na última segunda-feira, demonstrou extrema indignação com o IMOL da Capital.

“Levaram o corpo do meu irmão Bruno Lopes de Freitas, vítima fatal do acidente com a carreta, e o corpo voltou cheio de larvas…Não tiveram o mínimo de respeito no IML de Campo Grande…nem bicho tem esse fim. Está sendo velado de caixão lacrado. Total descaso. Não poderemos nem dar o último adeus”.

O caso gerou repercussão e enfatizou a necessidade de ter o órgão presente em Sidrolândia, já que o deslocamento até a Capital acaba postergando o velório e enterro, aumentando ainda mais o sofrimento das famílias.