Aposentada, aos 62 anos de idade, filha de Sidrolândia e do casal Joveniano Cristaldo Pereira e Dinazaide Nantes Pereira (em memória), mais uma personagem da nossa série, a dona Elizabeth Nantes Pereira, também comemora o aniversário da cidade que ela viu se desenvolver ao longo dos anos.
Ela faz parte do grande grupo de pessoas que nasceu aqui e nunca se mudou. Ela conta que o espaço que a marcou na memória foi a escola doutor Ary Coelho de Oliveira que hoje funciona como Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), na Rua Santa Catarina, 630. (Abaixo registros do local na época).
Ao se lembrar com carinho da época, Elizabeth diz que morava na vila Sapé (atual bairro Jandaia) e que ia para a escola com os amigos a pé.
“Lá me marcou por conta da minha infância, lembro de uma professora chamada Talita que pegava no pé por causa da caligrafia, hoje tenho uma escrita redondinha graças a ela”, disse. Como nem tudo são flores, no caminho da escola sempre havia um trecho em que Elizabeth ficava para trás e era justo o local que, segundo ela, dava ‘arrepios’.
“Nós íamos por um trieiro, lembro que tinha que passar por um buracão e próximo ao buraco havia uma árvore, lá diziam que um padre havia se suicidado, chegava perto da árvore todo mundo corria e me deixava para trás, eu tinha muito medo, coisas de criança”, contou rindo afirmando que devido as tantas mudanças da cidade não se lembra mais qual era a árvore.
Cristã, Elizabeth é funcionária aposentada do Estado na área de Educação, atuou por vários anos na Escola Catarina de Abreu no setor administrativo e também na Escola Sidrônio Antunes de Andrade, também foi cedida ao município nas gestões de João Lemes (4 anos), Daltro Fiúza (8 anos) e Marcelo Ascoli (4 anos) passando pelas secretarias de Educação, Obras e Desenvolvimento Rural, tem bastante conhecimento técnico e administrativo no setor público e colaborou muito para o desenvolvimento do município.
“Me orgulho dessa cidade que amo e vi crescer, tantas histórias, acontecimentos e fatos, aqui criei praticamente sozinha meus dois filhos, Sandra e Douglas e sou muito feliz”, finalizou.
Os relatos reafirmam que a memória do povo tem o importante papel de preservar a história de Sidrolândia.
Abaixo, registro da escrita elogiada da profissional de Educação, dona Elizabeth que levou com seriedade os ensinos de sua professora sobre a caligrafia.