O Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, localizado em Sidrolândia, registrou 11 atendimentos por picada de escorpião nos últimos meses. Os dados acendem um alerta para população, já que a picada do escorpião-amarelo, a espécie mais comum e perigosa no Brasil, pode causar reações graves e até fatais.
Conforme o Instituto Butantan, o verão é o período onde mais são registrados aparecimentos e acidentes com esses animais peçonhentos. Imagens de escorpiões circulam nas redes sociais e grupos de Sidrolândia, o animal, que geralmente vive em terrenos baldios e esgotos, entra nas residências por meio de ralos em cozinhas e banheiros e frestas nas portas e janelas.
Segundo Alexandre Moretti de Lima, médico e responsável clínico do Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), vinculado à SES (Secretaria de Estado de Saúde), crianças e idosos compõem o principal grupo de risco de acidentes por escorpiões, visto que os casos tendem a evoluir com maior facilidade.
Para evitar acidentes com escorpiões, o Ciatox recomenda:
Usar água sanitária nos ralos e frestas de portas;
Instalar barreiras mecânicas nas portas;
Evitar o acúmulo de entulhos;
Fechar frestas e rachaduras nas paredes;
Manter o ralo do banheiro fechado após o banho;
Vedar bem as caixas de gordura.
Alexandre Moretti ainda destaca que manter o ambiente limpo é uma das principais maneiras de prevenir o aparecimento de escorpiões, visto que insetos, baratas, gafanhotos e grilos são alimentos para esses animais. Além disso, em caso de acidente, é necessário lavar o local da picada com água e sabão. Moretti afirma que a vítima deve procurar a unidade de saúde mais próxima e passar por atendimento imediatamente. “Em raros casos vai ser necessário a utilização de soro antiescorpiônico, mas quanto mais precoce a utilização, menor a chance de mortalidade”.
Os escorpiões-amarelos possuem reprodução do tipo partenogênese, ou seja, as fêmeas procriam sem precisar que machos as fecundam. Isso contribui no aumento significativo da população de escorpiões, já que a cada cria podem ser gerados cerca de 20 filhotes.