Publicado em 02/03/2017 às 17:01,

Políticos dizem que é inaceitável gasto de até R$ 66,8 mil em banheiro do PGJ

Redação,

Depois de virar motivo de chacota nas redes sociais pelas escolhas detalhistas e suntuosas, como uma privada de mais de mil reais, a reforma do banheiro de uso particular do chefe do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, Paulo Cezar dos Passos, causou indignação na classe política estadual.

Os deputados estaduais Pedro Kemp e Cabo Almi, ambos do PT, classificaram nesta quinta-feira (2) como inaceitável a reforma do banheiro do Procurador-Geral de Justiça na sede do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), que pode custar até R$ 66,8 mil.

“Vem totalmente na contramão do que a gente está vivendo, não entendo como que um órgão tão importante pode ter ações como essas, ainda mais em um momento em que todos os poderes estão reduzindo gastos. É inaceitável uma proposta dessas”, disse Kemp.Faça o que eu digo, mas...Para Cabo Almi, um órgão que fiscaliza e pune deve dar o exemplo. “Não pode fazer um gasto deste tipo. É o famoso faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Isso se aplica a essas ações do Ministério Público”, alfinetou.Passos trocará as instalações por peças mais modernas e caras, projetadas sob medida em quartzo e em materiais descritos com riqueza de detalhes no projeto. O mínimo aceito na licitação do tipo concorrência é de 70% do valor orçado inicialmente, ou seja, um gasto certo de R$ 46,7 mil.A decisão causou reação até no Ministério Público Estadual. Servidores entraram em contato com a reportagem indignados com o gasto. Segundo funcionários que têm acesso ao prédio do MPE, a área está visivelmente em bom estado de uso.Fotos do próprio projeto no edital de licitação, deixam aparente que as instalações onde o chefe do MPE-MS faz suas necessidades reservadas (para não usar banheiro compartilhado com os demais servidores e membros) não tem problemas aparentes que justificariam os gastos, como vazamentos, entupimentos ou peças quebradas.E Passos deixa claro que o dinheiro enterrado no banheiro dele não será usado para resolver um problema, mas sim para “melhorar as condições de conforto físico-psicológico do Procurador-Geral de Justiça, bem como dos usuários dos demais ambientes”, “visando maior funcionalidade e estética para o atendimento das necessidades pertinentes a esses ambientes”.A justificativa utilizada para o projeto da obra não registra que haja falhas ou deterioração dos espaços, senão a necessidade de humanização, segundo relatório realizado pelo departamento de engenharia do órgão. Além do banheiro, será reformada a ala dos Procuradores-Gerais Adjuntos de Justiça Jurídica e Administrativa, que consiste apenas na troca das portas de acesso aos gabinetes, forro de gesso, troca de luminárias e piso.

“Vem totalmente na contramão do que a gente está vivendo, não entendo como que um órgão tão importante pode ter ações como essas, ainda mais em um momento em que todos os poderes estão reduzindo gastos. É inaceitável uma proposta dessas”, disse Kemp.

Faça o que eu digo, mas...

Para Cabo Almi, um órgão que fiscaliza e pune deve dar o exemplo. “Não pode fazer um gasto deste tipo. É o famoso faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Isso se aplica a essas ações do Ministério Público”, alfinetou.

Passos trocará as instalações por peças mais modernas e caras, projetadas sob medida em quartzo e em materiais descritos com riqueza de detalhes no projeto. O mínimo aceito na licitação do tipo concorrência é de 70% do valor orçado inicialmente, ou seja, um gasto certo de R$ 46,7 mil.

A decisão causou reação até no Ministério Público Estadual. Servidores entraram em contato com a reportagem indignados com o gasto. Segundo funcionários que têm acesso ao prédio do MPE, a área está visivelmente em bom estado de uso.

Fotos do próprio projeto no edital de licitação, deixam aparente que as instalações onde o chefe do MPE-MS faz suas necessidades reservadas (para não usar banheiro compartilhado com os demais servidores e membros) não tem problemas aparentes que justificariam os gastos, como vazamentos, entupimentos ou peças quebradas.

E Passos deixa claro que o dinheiro enterrado no banheiro dele não será usado para resolver um problema, mas sim para “melhorar as condições de conforto físico-psicológico do Procurador-Geral de Justiça, bem como dos usuários dos demais ambientes”, “visando maior funcionalidade e estética para o atendimento das necessidades pertinentes a esses ambientes”.

A justificativa utilizada para o projeto da obra não registra que haja falhas ou deterioração dos espaços, senão a necessidade de humanização, segundo relatório realizado pelo departamento de engenharia do órgão. Além do banheiro, será reformada a ala dos Procuradores-Gerais Adjuntos de Justiça Jurídica e Administrativa, que consiste apenas na troca das portas de acesso aos gabinetes, forro de gesso, troca de luminárias e piso.

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