Publicado em 26/05/2017 às 07:22,

MP pede, mas Juiz nega prisão preventiva do vereador Laudo acusado por coação e extorsão

Redação,
Cb image default

Foi negado o pedido de prisão do primeiro secretário da Câmara de Maracaju, vereador Laudo Sorrilha Brunet (PDT), e do presidente do sindicato dos servidores públicos municipais, Hermes Barbosa Pereira foi feito pelo Ministério Público do Estado, após acusação de extorsão de R$ 85 mil de um idoso, de 70 anos e ainda a coação da vítima após a denúncia.

Em 2007, o idoso Orlando Ernesto dos Santos, de 70 anos teria contratado os serviços do vereador para realizar sua aposentadoria, já que sabia de várias pessoas que o vereador teria ajudado no processo para aposentadorias.

Segundo informações, o idoso teria de pagar mensalmente ao vereador o valor de R$ 1.200, que foi feito por nove anos, e sempre que as mensalidades eram atrasadas, o idoso era procurado por Laudo que afirmava que deveria pagar as mensalidades a títulos de honorários até a aposentadoria definitiva da vítima.

Conforme a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) o idoso passou a ser constrangido e ameaçado pelo vereador que afirmava que cancelaria a aposentadoria, caso ele deixasse de pagar alguma mensalidade. O prejuízo causado ao idoso foi de R$ 85 mil.

A promotora de Justiça de Maracaju, Simone Almada, formulou o pedido de prisão do vereador e do presidente do sindicato alegando que os autores estariam coagindo a vítima e sua filha. Mas, o juiz de direito desta comarca recusou o pedido de prisão de Laudo Sorrilha e Hermes Barbosa.

O juiz sentenciou os autores com advertência, sendo que eles proibidos de manter qualquer contato direito com as vítimas ou por interpostas pessoas, de forma pessoal ou por meios tecnológicos como telefonia, e-mails, redes sociais ou similares.

Caso a medida seja descumprida, a imposição de medidas graves para a garantia da instrução processual será feita, como suspensão e afastamento imediato de sua função em cargo público de vereador.

Em atenção a uma recomendação do MP, a Câmara Municipal montou uma comissão de inquérito de investigação cujo presidente da mesma vereador Nenê da Vista Alegre que é do mesmo partido de Laudo acabou arquivando o processo mesmo antes de qualquer votação em plenário se justificando de falhas na denúncia.