Publicado em 08/05/2017 às 14:29,

Médico detido após confusão em posto diz que apenas seguiu protocolo da UPA

Redação,

Falta de compreensão sobre protocolo de atendimento, conforme o médico Camaroni Camaca, teria motivado sargento do Corpo de Bombeiros a prendê-lo enquanto tentava entubar paciente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Leblon, em Campo Grande. A versão dele é atestada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) que pretende reunir-se com os bombeiros para esclarecer as regras.

Sexta-feira. O médico de 32 anos havia passado a noite na UPA do Coronel Antonino, antes de assumir plantão no Jardim Leblon. Dentre os casos sob sua responsabilidade, uma senhora com pneumonia que há três dias aguardava transferência da unidade para um hospital.

Insuficiência respiratória, como relatou o médico ao Midiamax, exigiu que a paciente fosse sedada para ser entubada. A equipe de enfermagem finalizava os preparativos quando viatura do Corpo de Bombeiros chegou com rapaz especial agitado e sem contensão apropriada.Transferência de maca deu início a confusão. Isso porque o novo paciente foi deixado sem responsável – uma vez que a mãe dele preenchia ficha na recepção - e Camaroni questionou “atitude irresponsável” dos bombeiros que poderia acarretar em eventual acidente por queda.Houve discussão em torno da prioridade no atendimento, do médico declarar não ser subordinado ao militar e de que este teria que esperar. A confusão cessou, parcialmente, quando a filha da mulher internada teve que intervir para salvar a mãe.Assim que entubou e estabilizou a paciente, Camaroni foi surpreendido pela chegada do oficial de dia do Corpo de Bombeiros anunciando sua prisão em flagrante por desacato. Detido ele prestou esclarecimentos na 6ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Tijuca, e foi liberado.“Tive outra situação com gestante convulsionando que encaminharam para UPA e não hospital”, comentou o médico. “Sigo procedimento da unidade e não entendi por qual motivo fizeram isso. Lição de moral? Fiquei constrangido por não respeitarem momento crítico”.Ocorrência foi registrada contra Camaroni por desacato, enquanto ele pretende representar contra os bombeiros por abuso de autoridade, desacato a servidor público, vias de fato por ter sido empurrado, além de obstrução de atendimento a paciente grave.Caso isolado - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que a assessoria jurídica acompanha o caso, classificado como |isolado e resultante da não compreensão por parte dos socorristas do Corpo de Bombeiros Militar diante de uma orientação do médico”.Depois do incidente, nota técnica deve ser encaminhada pela Sesau as equipes de unidades de urgência para reforçar pontos sobre acolhimento de pacientes.Integrantes da Central de Regulação e Coordenadoria de Urgência ainda devem se reunir com o comando do Corpo de Bombeiros “para que seja reforçado e explicitado a prerrogativa de cada ente dentro do atendimento médico”.

Insuficiência respiratória, como relatou o médico ao Midiamax, exigiu que a paciente fosse sedada para ser entubada. A equipe de enfermagem finalizava os preparativos quando viatura do Corpo de Bombeiros chegou com rapaz especial agitado e sem contensão apropriada.

Transferência de maca deu início a confusão. Isso porque o novo paciente foi deixado sem responsável – uma vez que a mãe dele preenchia ficha na recepção - e Camaroni questionou “atitude irresponsável” dos bombeiros que poderia acarretar em eventual acidente por queda.

Houve discussão em torno da prioridade no atendimento, do médico declarar não ser subordinado ao militar e de que este teria que esperar. A confusão cessou, parcialmente, quando a filha da mulher internada teve que intervir para salvar a mãe.

Assim que entubou e estabilizou a paciente, Camaroni foi surpreendido pela chegada do oficial de dia do Corpo de Bombeiros anunciando sua prisão em flagrante por desacato. Detido ele prestou esclarecimentos na 6ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Tijuca, e foi liberado.

“Tive outra situação com gestante convulsionando que encaminharam para UPA e não hospital”, comentou o médico. “Sigo procedimento da unidade e não entendi por qual motivo fizeram isso. Lição de moral? Fiquei constrangido por não respeitarem momento crítico”.

Ocorrência foi registrada contra Camaroni por desacato, enquanto ele pretende representar contra os bombeiros por abuso de autoridade, desacato a servidor público, vias de fato por ter sido empurrado, além de obstrução de atendimento a paciente grave.

Caso isolado - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que a assessoria jurídica acompanha o caso, classificado como |isolado e resultante da não compreensão por parte dos socorristas do Corpo de Bombeiros Militar diante de uma orientação do médico”.

Depois do incidente, nota técnica deve ser encaminhada pela Sesau as equipes de unidades de urgência para reforçar pontos sobre acolhimento de pacientes.

Integrantes da Central de Regulação e Coordenadoria de Urgência ainda devem se reunir com o comando do Corpo de Bombeiros “para que seja reforçado e explicitado a prerrogativa de cada ente dentro do atendimento médico”.

Midiamax