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Mãe toma vacina contraindicada e denuncia negligência em posto

Sem saber que a vacina é contraindicada para lactantes, uma engenheira de 32 anos, que pediu para ter a identidade preservada, recebeu uma dose contra a febre amarela no domingo (31) e teve de desmamar a filha de 4 meses. Para a mãe, a funcionária da sala de vacina do CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes foi negligente.

Por recomendação do Ministério da Saúde, a vacina contra a febre amarela só pode ser aplicada em mulheres que estão amamentando depois que a criança completar 6 meses porque há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante. No Brasil, dois casos já foram registrados.

A engenheira conta que foi levar a filha ao posto de saúde para tomar as vacinas de rotina e perguntou sobre a dose contra a febre amarela. A profissional que a atendeu disse que como ela havia se imunizado há mais de dez anos, ela teria de ser vacinada novamente. “Só quando eu cheguei em casa que eu descobri que não poderia ter tomado. Eu estava amamentando a minha filha e parei na hora”.

A entrevistada conta que consultou a pediatra da filha, que a orientou a suspender a amamentação. “É complicado. Eu não tinha obrigação de saber, mas ela tinha de me avisar. Eu estava com a minha filha no colo, ela nem perguntou se eu amamentava. Agora, tive que tirar a minha filha do peito”.

Conforme orienta o ministério, “na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação”.

Nestes casos, o aleitamento materno deve ser suspenso por 28 dias após a vacinação.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai investigar se houve negligência por parte da funcionária que atendeu a esta mãe.

Campo Grande News