Publicado em 03/03/2017 às 13:24,

Justiça rejeita recurso do MPE que pedia volta de PRF para a prisão

Redação,

A Justiça rejeitou recurso do MPE (Ministério Público Estadual) que pedia pela segunda vez a prisão do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimento de 33 anos. A decisão é do juiz do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, e foi proferida na última sexta-feira (24).

No documento, o magistrado afirma que mantém a decisão de conceder liberdade ao policial, por considerar que a decisão primária está “devidamente fundamentada”.

No recurso interposto no dia 15 de fevereiro pelo Ministério Público,a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani, pedia a reforma da decisão que rejeitou a denúncia de fraude processual, feita contra o policial.

No local do crime, na Avenida Ernesto Geisel, o policial estava com uma camiseta listrada e parte do uniforme da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Ao se apresentar na delegacia, ele já usava o uniforme completo. Desta forma, o MPE aponta a fraude.

Com o mesmo argumento, Garcete também manteve a decisão de rejeitar a denúncia de fraude no processo.

Crime - O comerciante Adriano Correia do Nascimento, que conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel.

Na versão do policial, que era lotado em Corumbá e seguia em um Mitsubishi Pajero para a rodoviária, o condutor da Hilux provocou suspeita pela forma que dirigia e fez a abordagem após ter sido fechado. Nos depoimentos, ele reforçou que sempre se identificou como policial.

Ricardo Moon, 47 anos, foi denunciado por homicídio doloso contra Adriano e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos, passageiros da caminhonete. A denúncia do MPE chegou dia 23 de janeiro à 1ª Vara do Tribunal do Júri .

O PRF foi preso em 31 de dezembro e solto no dia seguinte. No dia 5 de janeiro, voltou a ser preso e deixou a prisão no dia primeiro de fevereiro.

O caso segue para julgamento no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas ainda não há data prevista para o júri.

Campo Grande News