Publicado em 23/07/2017 às 22:15,

Família de Kauan já havia sido marcada por tragédia com morte de criança de 3 anos

Redação,

O domingo (23) foi mais um dia de peregrinação para a da família do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, - morto por um pedófilo enquanto era violentado-, em Campo Grande. Logo cedo, eles estiveram na Depca (Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente) para falar com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso.

Abalados, ninguém teve condições de comentar o caso que chocou a Capital. Mas, aos poucos, as peças de um quebra-cabeça trágico vão se juntando e mostrando detalhes ainda mais dolorosos, de uma família marcada pela perda de outro filho, uma menina de 3 anos. 

Uma das pessoas que esteve na delegacia foi uma amiga da mãe de Kauan. Ela foi ajudar os amigos e relembrou momentos do menino de 9 anos, segundo ela, ‘fissurado’ por pipas. A mulher diz suspeitar que isso pode ter sido usado pelo pedófilo para atrair Kauan.

“Ele colecionava pipas, chegava a esconder a pipa em cima da casa para os irmãos não estragarem”, conta. Segundo a amiga da família, a mãe de Kauan tem dez filhos e já tinha vivido outra tragédia. Há dez anos, a mãe de Kauan perdeu outra filha, uma menina de três anos, em um acidente com um trator em uma fazenda.

A amiga da família diz ainda acreditar que o pedófilo buscava as vítimas em um perfil de crianças com famílias carentes e sem muito acesso à internet para não atrair tanta atenção.

Confiança - De acordo com o delegado que coordena as investigações do caso, o pedófilo –um homem de 38 anos- nega as acusações, mas com o depoimento do adolescente de 14 anos, envolvido no crime, e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas que a vítima era Kauan.

O pedófilo já teve a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável e exploração sexual. O delegado revelou que ele trabalhava como autônomo em revenda de celulares, mas que se apresentava às vítimas, inclusive ao adolescente de 14 anos, envolvido no crime, como professor “para ganhar mais confiança”.

Na casa do criminoso, no bairro Coophavila, foi encontrado material pornográfico no computado. A polícia confirmou que na data em que desapareceu, Kauan saiu de casa junto com o adolescente para cuidar de carros e foi levado à casa do criminoso. 

Durante a investigação, a polícia encontrou sangue na cama, no chão e no porta-malas do carro do pedófilo.

Buscas - O delegado afirma que é um dos casos os casos mais fortes que já teve contato em toda a carreira como policial e que as buscas para que a família possa se despedir e realizar o enterro de Kauan. Segundo Lauretto, as buscas pelo corpo da criança serão retomadas na próxima segunda-feira (24).

Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do pedófilo, com o corpo no porta malas, mas que não desceu do veículo para jogar o corpo. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.

Caso - Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Um adolescente de 14 anos foi apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.O homem suspeito de ser pedófilo foi preso na sexta-feira (21), no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. O próprio adolescente que atraiu a criança para a casa do suspeito já tinha sido abusado pelo homem de 38 anos.Durante todo o sábado (22), a polícia e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Kauan no Córrego Anhanduí. Apenas um saco de lixo com fios de cabelo foi encontrado.

Um adolescente de 14 anos foi apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso na sexta-feira (21), no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. O próprio adolescente que atraiu a criança para a casa do suspeito já tinha sido abusado pelo homem de 38 anos.

Durante todo o sábado (22), a polícia e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Kauan no Córrego Anhanduí. Apenas um saco de lixo com fios de cabelo foi encontrado.

Midiamax