Publicado em 12/08/2018 às 22:43,

Em Sidrolândia, fim de semana é marcado por registros de violência doméstica

Redação,
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Além de furtos e alguns acidentes de trânsito, o maior número de registros na Polícia Civil de Sidrolândia ainda é o de violência doméstica e agressões recíprocas.

Neste fim de semana não foi diferente e o alto índice preocupa as autoridades que se empenham em campanhas contra esse tipo de violência. Agosto Lilás é uma dessas campanhas de conscientização, realizada anualmente, durante o mês de agosto, em alusão à data de sanção da Lei Maria da Penha, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o fim da violência contra mulheres.

Dentre as diversas ocorrências registradas, algumas chamam atenção, no final da tarde de sábado (11), uma das vítimas de agressão de 18 anos de idade esteve na delegacia e disse que o marido puxou seus cabelos e a jogou no chão, depois disso, desferiu tapas em seu rosto e ligou para a sua mãe para que buscasse sua filha. O marido também diz ter sido agredido com arranhões no rosto, tudo começou porque a jovem teria visto mensagens de outra mulher em seu celular. O fato ocorreu no Bairro Ipacaray.

Em outra ocorrência, no Jardim Petrópolis a vítima de 44 anos de idade também procurou a delegacia de polícia neste domingo para registrar uma ocorrência depois de ser agredida, ela afirmou que depois de um desentendimento, seu marido de 50 anos de idade iniciou um aperto (esganadura) no seu pescoço; irritado o autor ainda chutou e quebrou a porta do quarto; ela disse que já foi agredida outras vezes, porém não registrou nenhum boletim e agora solicita medida protetiva.

Já no Bairro Cascatinha II, o caso foi marcado por uma ameaça de morte onde o autor disse que beberia o sangue da mulher.

Conforme o boletim, a vítima de 26 anos de idade compareceu a delegacia e disse que convive com o autor há 8 meses, relata que está com suspeita de estar grávida dele; neste domingo ela disse que ele mandou ela limpar a casa e ela disse que não iria limpar, em seguida, o autor disse que arrumaria um dinheiro para ela alugar uma casa e ela disse que tinha lugar para morar; irritado com a resposta ele a empurrou e tentou enforcá-la, além de ter segurado a mesma pelos punhos, ela relatou que já foi agredida fisicamente pelo autor em outras ocasiões, porém não registrou ocorrência e o autor sempre a ameaçou dizendo que se ela contasse na Igreja que frequentam que ele a agride, ele iria beber o sangue dela no altar. Ela também solicitou medida protetiva.

Quando denunciam um caso de agressão, a mulher pode requerer uma medida protetiva tanto na delegacia, quanto por meio da Defensoria Pública. A partir de então, um juiz recebe o pedido e decide pela aplicação ou não da medida

As medidas protetivas protegem as mulheres que estão na iminência de sofrer algum tipo de violência e muitas vezes evita que um crime aconteça. Se antes era necessário que um juiz decidisse pela prisão preventiva após o descumprimento da medida protetiva, agora a polícia pode deter o suspeito logo depois da vítima comparecer à delegacia para fazer o boletim de ocorrência.