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Em meio à incerteza jurídica, projeto de antecipação da eleição na câmara é reprovado

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Contraditório, esse é o termo mais simples e brando que podemos definir o Presidente da Câmara Jean Nazareth que durante entrevista a imprensa chegou chamar a todos de ignorantes depois de promulgar o projeto de Lei que alterava a data da eleição da mesa diretora do Legislativo, afirmando com veemência e total arrogância que não haveria necessidade de uma segunda votação e que a antecipação estava aprovada para setembro, “estou cumprindo a lei”, disse na oportunidade.

Para espanto de todos, na sessão de ontem (04) o projeto foi colocado em segunda votação e pela terceira vez o “presidente trapalhão” mudou de novo seu discurso e agora disse que o regimento interno não está acima da Lei Orgânica (antes estava?) e haveria sim a necessidade de uma segunda votação, ou seja, confessou sua ignorância com interpretações anteriores equivocadas.

O vereador Carlos Henrique chegou a chamar a atenção de Jean afirmando que o caso tinha virado uma ‘salada’ e que o Poder Legislativo deveria dar exemplo de segurança no tocante as Leis e os posicionamentos contraditórios do presidente causaram incerteza a todos, inclusive a população.

Mesmo assim, em meio a incertezas, o projeto foi colocado em segunda votação e o bloco liderado por Jean foi contra, garantindo seis votos (suficiente para reprovação) votaram contra o projeto de antecipação da eleição que daria transparência na transição e análise minucioso das contas da Câmara: Jean Nazareth (PT), Edno Ribas (PSB), Otacir Figueiredo (PROS), Kennedi Forgiarini (PP), Jonas Rodrigues (MDB) e Professor Tadeu que até usaram a tribuna, mas em termos práticos não justificaram os motivos de mudarem de ideia, pois foram favoráveis na primeira votação.

O bloco de nove vereadores se manteve coeso e a favor da transparência, votaram a favor: Adilson Brito (PROS), Carlos Henrique (PDT), Valdecir Carnevalli (PSDB), Waldemar Acosta (PDT), Vilma Felini (PSDB), Itamar Souza (PTN), Fá (MDB), Celso Pereira (Patriota) e Cledinaldo Cotócio (PROS).

O Projeto foi reprovado porque exigia 2/3, ou seja, 10 votos favoráveis e por causa de um voto a antecipação não foi confirmada e a eleição da mesa ficou mesmo para dezembro.