Ruas vazias e estoque parado. Este é o cenário no Centro de Campo Grande, mesmo após depósito dos salários dos trabalhadores. De acordo com CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande), a “paradeira” é resultado de um misto de situações e a queda nas vendas chega a 70%.
O presidente da CDL, Adelaido Vila, explicou que os comerciantes entendem a necessidade “de quebrar” para melhorar, no entanto, a obra seria a principal causa da fuga dos consumidores.
“Nos não estávamos preparados, para a intervenção que estamos tendo. É impraticável consumidor andar em meio à bagunça. Nós entendemos que a queda está diretamente com a questão das obras. Nós até conseguimos que o trecho entre Marechal e Maracaju fossem liberadas hoje, para tentarmos vender algumas coisas”, disse.
Adelaido reitera que existe um planejamento de obra, em que seriam trabalhadas duas quadras por mês. Porém, a empresa, não acompanha o projeto, por depender de outros serviços, como a ligação de esgoto. Segundo ele, muitas lojas reforçaram o estoque, principalmente, lojas de lã, que têm as vendas de “Natal” fixadas nos meses do inverno. Sem vendas, há possibilidade de fechamento de lojas.
“Os comerciantes fizeram estoque para vender durante as obras, mas como o serviço antecipou, não estão vendendo nada. Tem empresa que não tem “gordura para queimar”, temos algumas âncoras, mas a grande maioria é empresa familiar. Se ficar 30 dias sem vender, fecha”, finalizou o presidente.
Campo Grande News