A polícia ainda não sabe se uma mulher, de 35 anos, deu a luz a um bebê de maneira espontânea ou se teria tentado praticar um aborto induzido e, por conta disto, levado a criança a morte no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. O caso ocorreu na na madrugada desta quinta-feira (12).
Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, o bebê teria nascido vivo e agora a polícia apura as causas da morte. A mulher está internada na Santa Casa de Campo Grande, enquanto o corpo da criança foi encaminhado para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
Até às 17h30 da tarde desta quinta-feira (12), nenhum familiar havia procurado o Imol para providenciar o velório e enterro da criança.
De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Camilo Kettenhuber, a mulher ainda não foi ouvida pela Polícia Civil, já que precisou receber socorro médico e não estava em condições de prestar depoimento.
A assessoria de imprensa do hospital informou que ela passou por curagem – procedimento para esvaziar a placenta – e está sendo acompanhada por uma equipe médica.
Laudo preliminar da perícia aponta que o feto estava bem evoluído, com 48 centímetros, do sexo masculino e cordão umbilical intacto. Exames serão feitos para atestar a idade.
A mulher será ouvida para prestar depoimento formal assim que se recuperar. O caso será investigado para a 7ª Delegacia de Polícia Civil.
Aborto - Segundo a polícia, aos socorristas a mulher disse que acordou por volta das 3h e escorregou no próprio sangue ao se levantar da cama para ir ao banheiro. A filha dela teria se assustado ao escutar o barulho e, pensando que o ferimento fosse grave, decidiu chamar a ambulância.
Chegando à casa, no entanto, os médicos encontraram o bebê natimorto, enrolado em um cobertor em cima da cama. A Polícia Militar foi acionada e descobriu que ninguém na família da investigada sabia da gravidez.
Na Santa Casa, para onde a mulher foi socorrida consciente, ela disse à PM apenas que sentiu seu lençol molhado durante a madrugada, mas não percebeu que estava sangrando. Ela confessou que não contou a ninguém da família sobre a gravidez, mas disse não saber há quantos meses exatamente estava gestante.
A filha da investigada disse que a mãe apresentava sinais de depressão desde a morte do pai, há dois meses. Dormia mal e não mantinha bons hábitos alimentares.
Segundo o relato da jovem, na noite de quarta-feira a suspeita foi tomar banho pouco após o fim da tarde e pediu comprimidos de dipirona alegando estar com dor de cabeça. Por volta das 19h, sem jantar, foi dormir. A polícia registrou o caso como morte suspeita.
Campo Grande News