Publicado em 14/07/2017 às 16:23,

Auditoria identifica R$ 500 milhões em dívidas nas contas da Eldorado

Redação,

Auditoria contratada pela chilena Arauco já identificou pelo menos R$ 500 milhões em passivos na Eldorado, montante que deve pesar no preço final da fábrica. Segundo informações divulgadas pelo Valor Econômico, o procedimento ainda não terminou e acredita-se que o valor possa aumentar ainda mais no decorrer das apurações.

São considerados passivos tudo aquilo que gera fluxo negativo de caixa para uma empresa, como dívidas ou custos de operação e manutenção. Na área de logística, a companhia do grupo J&F tem, por exemplo, R$ 200 milhões referentes a vagões, transporte e venda de material rodante.Também foi relacionada na lista uma ação de R$ 100 milhões aberta pela Fibria pelo uso indevido de um clone de eucalipto registrado pela concorrente da Eldorado, e cerca de 1,2 mil processos trabalhistas e tributários que somavam R$ 436,7 milhões, mas os gestores só provisionaram R$ 7,5 milhões.A auditoria também constatou que o Ebitda da Eldorado, que mede o quanto a empresa gera de recursos apenas com as atividades operacionais, estaria inflacionado indevidamente por créditos de ICMS lançados no balanço como prêmio de 30% que não devem ser devolvidos ao governo do estado.Para negociar os ativos com exclusividade, a Arauco fez uma oferta de R$ 14 bilhões pela indústria, valor dez vezes maior do que o múltiplo de Ebitda informado pelos gestores. Com isso, ela afastou as concorrentes brasileiras Fibria e Suzano, que também estavam interessadas em comprar a planta.A auditoria está sendo realizada pelo Santander e dois escritórios de advocacia, podendo terminar apenas em meados de agosto ou antes.Planos – Se fechar a compra da Eldorado, a Arauco concretizará os planos de investir no Brasil. A companhia, que segundo o Valor é uma das maiores do setor florestal do hemisfério sul chegou a comprar um terreno em Inocência, em Mato Grosso do Sul, em 2011 para erguer uma fábrica. Além disso, ela também é dona de 40 mil hectares de florestas plantadas na região.Contudo, a proibição da compra de terras brasileiras por estrangeiros travou o processo. Entre 2013 e 2014, gestores da companhia se reuniram com o empresário Mário Celso Lopes, idealizador da Eldorado e ex-acionista da empresa, para avaliar a combinação de seus negócios, o que também não foi adiante.

São considerados passivos tudo aquilo que gera fluxo negativo de caixa para uma empresa, como dívidas ou custos de operação e manutenção. Na área de logística, a companhia do grupo J&F tem, por exemplo, R$ 200 milhões referentes a vagões, transporte e venda de material rodante.

Também foi relacionada na lista uma ação de R$ 100 milhões aberta pela Fibria pelo uso indevido de um clone de eucalipto registrado pela concorrente da Eldorado, e cerca de 1,2 mil processos trabalhistas e tributários que somavam R$ 436,7 milhões, mas os gestores só provisionaram R$ 7,5 milhões.

A auditoria também constatou que o Ebitda da Eldorado, que mede o quanto a empresa gera de recursos apenas com as atividades operacionais, estaria inflacionado indevidamente por créditos de ICMS lançados no balanço como prêmio de 30% que não devem ser devolvidos ao governo do estado.

Para negociar os ativos com exclusividade, a Arauco fez uma oferta de R$ 14 bilhões pela indústria, valor dez vezes maior do que o múltiplo de Ebitda informado pelos gestores. Com isso, ela afastou as concorrentes brasileiras Fibria e Suzano, que também estavam interessadas em comprar a planta.

A auditoria está sendo realizada pelo Santander e dois escritórios de advocacia, podendo terminar apenas em meados de agosto ou antes.

Planos – Se fechar a compra da Eldorado, a Arauco concretizará os planos de investir no Brasil. A companhia, que segundo o Valor é uma das maiores do setor florestal do hemisfério sul chegou a comprar um terreno em Inocência, em Mato Grosso do Sul, em 2011 para erguer uma fábrica. Além disso, ela também é dona de 40 mil hectares de florestas plantadas na região.

Contudo, a proibição da compra de terras brasileiras por estrangeiros travou o processo. Entre 2013 e 2014, gestores da companhia se reuniram com o empresário Mário Celso Lopes, idealizador da Eldorado e ex-acionista da empresa, para avaliar a combinação de seus negócios, o que também não foi adiante.

Campo Grande News