Na tarde desta segunda-feira (07), Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, foi preso e acabou confessando ao GOI (Grupo de Operações e Investigações) que matou a esposa Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, de 22 anos.
Segundo informações do GOI, Natalin foi assassinada na madrugada de sexta-feira (04). Depois de matar a esposa, o militar se passou pela jovem e respondeu as amigas dela nas redes sociais, para despistá-las e evitar que procurassem a polícia diante do desaparecimento dela.
Na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Tamerson relatou que estava junto com Natalin há 6 anos, porém, nas últimas semanas, houveram muitas discussões. Na sua versão, o militar disse que a mulher bebia, fumava e usava cocaína e acrescentou dizendo que ela ficava agressiva e o agredia.
Há cinco meses, Tamerson disse que o casal não mantinha relação sexual e por causa dos desentendimentos constantes tentava se separar, mas Natalin não aceitava, resumindo a relação como "insuportável".
Em sua versão, Tamerson disse que no sábado (05), Natalin chegou em casa, por volta das 02h da madrugada, sob efeito de álcool e drogas. Houve uma discussão e Natalin avançou nele, Tamerson disse que não conseguia segurar a esposa e por isso aplicou um golpe de mata-leão nela, que acabou desmaiando.
Ainda em seu depoimento, o militar relatou que ficou desesperado e tentou acordar Natalin, porém ela já havia morrido. Com medo de ser preso e perder a filha, uma menina de 4 anos, enrolou o corpo em um lençol e deixou no porta-malas, até o dia seguinte, quando levou a filha na escola. O corpo estava no porta-malas e então Tamerson seguiu para a rodovia. Ele acessou uma estrada de chão, andou mais um pouco, e escondeu o corpo no mato.
Depois, seguiu até a Base Aérea de Campo Grande, onde marcou encontro com uma mulher no site de acompanhante. O militar afirma que não manteve relação sexual e que apenas desabafou sobre seu relacionamento, sem mencionar que havia matado a esposa.
Por volta das 18 horas, Tamerson buscou a filha na escola e saiu para lanchar com ela. Procurado pelas amigas de Natalin, tentou despistar. Se passou por ela nas redes sociais e utilizando o aparelho da jovem, respondeu mensagens e até mandou uma se despedindo, tudo para evitar que as amigas procurassem a polícia para registrar o desaparecimento.
Depois, anunciou o celular de Natalin no Facebook por R$ 3 mil e guardou os pertences dela em cima do guarda-roupas. Tamerson Ribeiro foi ouvido na Deam e está à disposição da Justiça, aguardando a audiência de custódia nesta terça-feira (08).
Segundo a investigação do GOI, o corpo, na verdade, permaneceu no porta malas por três dias e foi abandonado na rodovia neste domingo (6), horas antes de ser encontrado na BR-060 entre Campo Grande e Sidrolândia.
Por ser 2º sargento da Aeronáutica, Tamerson vai ficar preso na Base Aérea de Campo Grande. Além de ser investigado pelo feminicídio, Tamerson deve responder por ocultação de cadáver.